segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Mães e Filhos - um embate

Sempre esperamos dos filhos muito mais do que eles podem dar, não lembramos que também fomos jovens e pensamos tão em nós que o egoísmo que achamos que eles têm é apenas a vontade de andar com as próprias pernas, como nós na nossa época.
Então e agora o que fazer quando não temos mais fraldas para trocar, banhos para dar, mamadeiras , tarefas de escola para ajudar, conselhos a serem respondidos, castigos a serem dados e por ai vai....? não mais nos obedecem como antes, não se calam quando falamos, muitas vezes nos agridem com palavras (que pensamos se fosse minha mãe a boca já tinha sido lavada com água sanitária), não entendem que apenas queremos o melhor e o nosso melhor não é o mesmo deles. E agora o que fazer?????
Apenas ouvir a porta se fechar, olhar a solidão das quatro paredes dos quartos e saber que se tem uma outra vida a ser preenchida, a ser recomeçada a sua mesma, ou então apenas ficar olhando a porta fechada a espera que ela se abra de vez em quando e você os veja chegando novamente sós ou acompanhados namorados, noras, netos e é só isto que espera para você?
Os filhos são o que fomos para nossas mães, alguns mais intensos que outros, mas agora cabe a nós o papel de mãe. Não significa baixar a cabeça para zangas, humilhações, palavrões; nem tão pouco gritar,agredir, dizer que não se importa, isto não leva a nada. O que você gostaria que sua mãe fizesse com você quando era jovem?
Vou dar alguns exemplos que eu gostaria:

- Me ouvisse (mesmo que fosse a maior bobagem do mundo)
- Me dissesse que qualquer besteira pode ser desfeita ou arrumada se conversada e analisada com calma e paciência.
- Que me perguntasse com a maior calma do mundo(coisas que eu sei que faço para machucá-la) por quê a machuco? - mãe nem eu sei as vezes, desculpa.
- Que eu vou ser sempre responsável pelos meus erros, mas que tenho que entender que ela fala apenas por que não quer que eu sofra (doi muito nela).
- Que um dia também vou ser mãe ou pai e passarei pelos mesmos momentos que ela esta passando, mas se eu souber (se não puder seguir) ver seus exemplos e tomar como ponto de partida.

Tem uma música de Belchior cantado por Elis Regina "Como os nossos pais" é a maior realidade de mães e filhos, podemos nos debater por ser gerações diferentes, mas vamos sempre repetir, consertar, modificar e fazer exatamente o que nossos pais faziam, é ruim? você só sabe quando está passando.

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