sábado, 21 de setembro de 2013

Meus 50 anos de idade


Durante anos fiquei a imaginar como seria completar 50 anos de idade, o que mudaria o que ficaria. Se algo em minha trajetória de vida passaria a ser apenas conceitos ultrapassados. Esperei estes mesmos sentimentos aos 20,30,40 anos, mas admito que chegar aos 50 me trouxe uma forma diferente de ver a vida. 
Sentimentos, necessidades, teorias, ideais, preconceitos foram modificados pela minha necessidade de que nada que me faça me sentir triste, incomodada, desconfortável devam continuar na minha vida  apenas pelo fato de agradar a outros e não a mim. Qualidade de vida passou a ser uma necessidade que hoje vejo deveria fazer parte desde o meu nascimento, mas realmente só consegui enxergar nesta idade. 
Meus momentos hoje passam a ser uma contagem regressiva, tentar viver desacelerada, do jeito que melhor possa fazer. Nesta fase sou como pré adolescentes, nem velha demais para ser levada a sério, nem nova demais para poder ainda continuar sendo ingênua. Nem sou terceira idade, nem sou jovem para fazer certas coisas. Nova para ser avó, velha para ser mãe. Não tenho o respeito dos velhos por me acharem jovem, nem tenho o respeito dos jovens por me  acharem quase velha.
De uma coisa tenho certeza, estou me tornando mais forte pouco a pouco para finalmente ser o que quero, quando descobrir finalmente o que é, e  se ainda der tempo.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Meus pés e as estradas

 
Agora me vejo assim, a caminhar descalça, sentir o chão aos meu pés.
Sentir da estrada os caminhos que me levam,
buscar da terra as sensações verdadeiras do meu espaço.
 
Os pés nos aterram a realidade que buscamos pelos caminhos da vida.
Nos direcionam a caminhos ás vezes sem destinos certos,
ou paradas obrigatórias.
 
Caminho pela necessidade de não poder parar,
de transformar o incerto em certeza ou a certeza na desconfiança
de algum lugar.
 
Meus pés me levam a algum lugar que quero conhecer,
sentindo cada pedra, cimento, grama, muro, parede ou montanha
que tenho que galgar.
 
Assim são meus pés e os caminhos que sigo, umas vezes acerto
a estrada outras vezes meus pés cansam da jornada e param.
Mais ainda assim continuam meus pés, a estrada e a necessidade da caminhada.

domingo, 3 de março de 2013

A espera........ uma menina



Muitas vidas, novos recomeços, contínuos desencontros e me sinto assim sempre, a espera de algo que não sei imaginar o que seja. Uma espera, outra espera e não chega o que vai me levar ao meu destino. Os anos passam e a menina sentada na estação já começa a mostrar os traços da idade, de uma vida não vivida por estar sempre esperando um destino que não chega. Parada, penso no que perdi, deixei de viver, das coisas que disse e que deixei dentro da boca.
Presa em uma estação que não sei onde fica ou como sair, os anos passam e cada um carregam de mim um pouco de meus sonhos. A menina ainda esta lá, mas eu continuo a envelhecer. Esperando algo que não sei, uma espera por outra vida, outro destino, outro amor, sempre outra coisa. Meus sonhos se transformando em um pesadelo de estar apenas parada esperando, não sei o quê. Um dia quem sabe, algo, alguém resgate a menina, pois meu corpo ainda a envelhecer sabe que a alma imorta ainda é uma menina, a espera de algo ou alguém que a tire dali e a colque de volta a vida, um dia quem sabe.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Menos igual

Das vezes que tentei seguir junto de alguém sempre me deparei com a realidade de ficar só, escolhas erradas talvez, personalidades diferentes, gostos contrários? Mas fico pensando, quem é igual a nós? quem tem a mesma personalidade, gostos, escolhas. Conseguiríamos conviver com um espelho sempre a nossa frente? Nos mostrando constantemente o quanto somos imperfeitos ou perfeitos demais. E assim vou seguindo minha busca, mas sozinha. Não procurando um igual mas um complemento. Sim, por que diferenças sempre vou ter com outra pessoa, nem minhas mãos são iguais, por iria querer alguém igual a mim.

Por trás da vida

Muitas vezes nos escondemos atrás de mascaras mais fáceis de ser mostrada a vida. Por trás dela vivemos nossa vida sem conseguir mostrar quem nós realmente somos pelo medo da rejeição. Não ser feliz é um pecado que  não conseguimos confessar.