sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Entre os Natais e Eu.


Neste Natal escolhi novamente a solidão como companheira. Percebi que fiz isso apenas para provar a mim mesma que ela será uma boa companheira para minha vida.
Poderia estar com as pessoas, igual a todos, buscam esse sentimento de acolhimento familiar, essa vontade de ser aceito, de se confraternizar.
Novamente só pensei em mim, na minha vontade ou necessidade de ficar só e percebi que assim foi a minha vida toda e vai ser assim pelo tempo que eu passar por esta vida. Olhar para o lado e perceber que eu mesma exclui as pessoas de minha vida, por não querer incomodar, por não querer mostrar meu lado sombrio, por não querer que as pessoas percebam em quem me transformei. 
E me pergunto - em quem me transformei? - respondo: "não sei".
E assim vou levando meus natais, me isolando de tudo e todos, me transformando em algo que não sei. Um vazio, uma vontade de não me ver ou talvez me encontrar pois provavelmente não me reconheceria.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Pedinte ou Recebedora



Ultimamente tenho percebido o quanto tenho me voltado para Deus. Passei anos e anos implorando por tantas coisas, me tornei uma pedinte de tudo. Me transtornava perceber que Ele nunca escutava?talvez pessoas mais necessitadas ? Sofri anos e anos me martirizando enchendo meus pensamentos com distorções de como seria se Ele me escutasse. 
Depois de todos esses anos de eterna agonia percebi o óbvio Ele sempre soube, sabia antes de mim o que realmente precisava. 
Precisaria passar de pedinte a recebedora, pois percebi que Ele nunca me deu o que pedi mas o que eu precisava para aquele momento, sei que pode ser clichê, mas é uma realidade constante. Nós não saberíamos o que fazer se ele nos desse tudo o que pedimos, seríamos eternas crianças mimadas do absurdo de coisas que queremos sem noção exata do efeito que isso causaria em nós.
Estou tentando passar a este estágio de recebedora, pois a medida que recebemos e agradecemos o que realmente precisamos se abrem portas maiores e melhores. 
Deus nunca me deixou faltar nada, eu é que faltei com minha fé para com Ele, nossa e como é difícil ter a fé do tamanho de um grão de mostarda, acho que a minha é menor que uma nano partícula de algo. 
Mas se Ele nunca desiste de mim tenho que retribuir seguindo sem também nunca desistir D´Ele.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Os Caminhos de Deus e os livros



Sou uma pessoa que gosta muito de ler, compro livros sempre que posso e tenho muitos que  já li várias vezes. Sempre acho que um livro vem para nós sempre com um propósito, seja para um aprendizado de estudo profissional, espiritual, de ajuda ou apenas para descansarmos a mente.
Meus livros sempre chegaram a mim em momentos específicos, eu os lia pensava que absorvia e deixava-os de lado e nada entendia. Hoje percebi o quanto eles retornam e nos fazem bem no momento certo. Por isso temos sempre que vasculhar nossos livros para vermos qual precisa ser relido e voltou ao seu momento necessário.
O livro de hoje me ensinou que o Salmo 23:" O Senhor é o meu Pastor e nada me faltará...." me trás o alento que preciso para começar meu reequilíbrio físico, mental e espiritual e que preciso ler esse Salmo para entender que Deus nunca me abandona e está sempre ao meu lado, me mostrando o caminho, me fazendo parar nos momentos que preciso, cuida de minhas feridas, consola minhas angustias e sabe o meu nome.


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Cansada de tentar


Sei que disse que tentaria modificar meus pensamentos e ações, percebi que esqueci de avisar aos outros. Não é fácil se desfazer de anos de estar perdida dentro de si mesma, dou um passo pra frente e 20 para trás. É como um vício que não consigo me livrar, já está a tanto tempo que não sei mais o quem ou o que sou. Parece que me perdi no labirinto de meu ser e não consigo sair.
Muitas vezes em minha vida tentei e tento meditar. Mas minha mente é um eterno redemoinho de pensamentos de medos, ansiedades, aflições. Minha mente é uma verdadeira tempestade de incertezas e descaminhos. Busco um equilíbrio mas não sei por onde começar, parece que não quero melhorar,que esse é o único  momento que realmente existe. Cansada das tempestades, cansada de não me entender, cansada como sempre. Cansada é uma palavra constante em meu vocabulário. Estou com 52 anos e não consigo mudar ou será que não quero mudar.



quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Caminho da Transformação 1



Desde que comecei a postar este blog sempre estou mais propensa a escrever de forma taciturna e nos momentos mais angustiantes de minha vida e percebi que nunca consigo sair deste ciclo. Meu consciente sempre foi negativo, pessimista ao extremo e meu espírito sempre buscou a liberdade da paz, bem viver, prosperidade.
Por isso hoje resolvi, depois de tantos dias prorrogando, escrever coisas que tragam alegria e motivação. Por isso se não for bipolaridade minha vou transformar minha vida para melhor. Que comece minha transformação para melhor, que vença meu espírito de luz. Que meus passos sejam guiados por Deus e eu volte a minha essência do início da minha criação.

domingo, 5 de julho de 2015

Pensando nos medos.

Percebi que nesta encarnação não terei meus sonhos realizados, sonhos que acalantei que pensei ser meu destino. Provavelmente vim com outras missões e as troquei ao chegar aqui, cheguei a meia idade e muita coisa fiz, casei, tive filhos, separei, estudei, trabalho. Alguns sucessos, outros fracassos e uma duvida que se tem em toda alma, qual minha real missão??? E nestas idas e vindas, tropeços, caidas, levantadas, choros, pouco risos, no final apenas a certeza de que vivi errada e certa minha vida toda??? Me afastando de todos que passavam na minha vida por não querer vinculos e reponsabilidades, acabei me isolando de tudo e de todos. Agora apenas uma leve lembrança do que pensei ser paira sobre a memória das pessoas e me perco cada vez mais em minhas incertezas. Não tenho, talvez, a sorte de ter algum tipo de loucura, por que esta seria uma forma simples de me explicar.

Mudando tudo menos meu ser.

Mais uma mudança de casa em minha vida, quando nasci morei na casa de meus pais, não era minha casa, era de meus pais. Casei, pensei, agora tenho uma casa, quatro anos depois separei, perdi a casa. Fui para um apartamento emprestado, pasmem, por meu ex marido, deveria ser meu, mais ai é outra história. Fiquei alguns anos, não era minha casa, houve briga, meus filhos foram pra casa dele e eu me mudei pra casa de minha mãe, passei dois anos. Me mudei e fui morar com minha irmã e peguei meus filhos de volta, não era minha casa, outra reviravolta, minha irmã tomou outro rumo, tive que sair. Resolvi fazer um primeiro andar na casa de minha mãe mesmo sabendo que meu pai tinha passado a casa para minhas irmãs com usufruto de minha mãe, resumo... Primeiro andar não era meu, passei muitos anos. Meu filho comprou um apartamento e me chamou para morar com ele, me mudei novamente. Minha irmã foi morar no primeiro andar com o filho na casa de minha mãe, ou dela com uso fruto de mamãe. Passei uns anos com meu filho mais velho, não era minha casa era dele, brigamos voltei a morar com minha mãe em um quarto com banheiro, dei um jeito a minha maneira, ainda não era minha casa. Meu filho caçula voltou de uma viagem e foi passar um tempo comigo na casa de mamãe. Dei a ele o quarto com banheiro e fui para outro quarto, mudei dentro de uma casa. Meu filho voltou a estudar para concurso e me pediu para eu alugar um apartamento em um lugar mais tranquilo e assim eu fiz, mais uma mudança, graças a Deus ele passou vai viver em outro lugar e eu estou me preparando para me mudar de novo para casa de minha mãe.
Perdi as contas de fogão, geladeira, sofá, moveis diversos que comprei, dei, deixei, não me incomodo com coisas materiais o pior que percebi é que mesmo com tantas mudanças de endereços físicos, não consegui mudar meu ser......

sábado, 16 de maio de 2015

Intensicando a dor

Hoje perto de completar 52 anos de vida percebi o quanto intensifiquei a minha dor, sei que tudo que passei esses anos todos tudo estava escrito, tudo tinha que acontecer do jeito que era para ser, família, casamento, filhos, separação, solidão, tudo escolhido antes de chegar até aqui, mas eu fiz pela forma mais difícil, intensifiquei a minha dor, vivi o tempo todo a beira de um abismo criado por mim.
Ninguém me colocou onde vivi, apenas eu preferi ficar a beira do abismo, do sofrimento, da vitimização. Tive escolhas, mas preferi viver pela dor, pensei em quantos outros caminhos poderia ter ido mas todos eles sempre virei as costas para poder viver pela dor, ela não me escolheu, eu que fui atrás dela, pegueia para consolo e a fiz ficar ao meu lado todos os dias até o momento e não sei mais ficar sem ela. Tornou-se um vicío, um estilo de vida uma forma de encarar o mundo, intensifiquei-a a um ponto de não mais saber quem sou eu e quem é ela. Muitos poderão dizer livre-se dela, deixe-a, corte-a de sua vida, mas como saber qual pedaço é meu e qual é ela. Corro o risco de cortar, deixar pelo caminho pedaços de mim. Como extirpar algo de já se misturou ao meu ser.
Por isso digo antes de começar a sofrer pense até quando vai a sua dor, não a deixe ficar, não a intensifique, pois corre o risco dela se misturar ao seu ser e depois não saber mais quem é você e quem é ela. Como narciso se mirando a um espelho dágua, fiquei me refletindo nela até ao ponto de me jogar dentro dela e me afogar e ela fazer parte de minha alma.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Labirinto sem fim




E aqui estou, minha mente em um labirinto sem fim, onde vagueio sem saber para onde ir, nada do que me dizem ou faço me faz achar o caminho. Existem pessoas ou são apenas reflexos de mim mesma perdendo-se cada vez mais profundamente em meu inconsciente. 
Não consigo desmontá-lo sem correr o risco de continuar o vazio que ele mesmo preencheu. Não aceito perguntas ou respostas que me levem a um outro caminho, mais leve, mais reto, apenas um caminho onde eu não encontre ruas sem saídas, buscas insanas, mente vazia.
Meu livre arbítrio onde está? escondido no meio ou ao lado de quem, não de mim, pois não consigo chegar a ele para sair desta inércia de estar perdida dentro de mim mesma.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Depressão: no final apenas nós e ela.


Assim somos nós pequenos seres enquadrados ou desenquadrados do tipo comum. Para alguns, uma praia ensolarada, onde ao longe se vê a tempestade, para outros uma tempestade em um copo d´água. Vivemos nos povoando de medos, inseguranças, receios, esquecimentos, choros, desespero, risos incontroláveis. Não sabemos quem somos, mas muitos acham que sabem o que somos. 
A depressão é isso, por fora uma praia ensolarada, por dentro vemos ao longe nossa eterna tempestade. Não buscamos, não entendemos. Uns lutam contra, outros se deixam levar, mas no final de tudo somos apenas nós e ela.
O que sabemos, para alguns o espiritual, para outros a serotonina, ou a falta dela, às vezes os dois. Sempre haverá um gatilho onde tudo começa, um pequeno disparo outras vezes uma grande bomba. 
Mas no final somos apenas nós e ela, não existe amigos, família, médico, ela vence todos os que queiram, acreditem ou tentem ajudar, mas são poucos os que agem assim, muito poucos. Para muitos são apenas frutos de nossas fraquezas, chamar atenção, tristeza sem razão. Vivemos uma vida como todas as outras pessoas, com problemas,família, saúde, trabalho, mas ela simplesmente nos escolhe para viver junto. E no decorrer do dia a dia, dos meses, anos de nossa existência, no final somos apenas nós e elas.