Poucas vezes posso dizer que perdi, outras tantas não ganhei, mas de todas elas sobrevivi. Meu coração sangra, meus ouvidos não mais ouvem os risos de outrora. Minha boca lacrada pela incapacidade de poder falar o conforto. Meu corpo padece pelos erros cometidos, meus erros, erros de outros. Sinto cada pequeno espinho em cada poro de minha alma. O que fazer,nada a fazer. O que esperar, nada me ocorre. A luz do fim do túnel ainda não apareceu, apenas aguardar.
Começar do zero pra mim é brincadeira de criança, só que agora já sinto o peso da idade. O zero já se tornou um dever de casa em forma de repetência escolar, nunca aprendo, sempre levo bomba, mas sempre vai existir o recomeço. Só falta a luz do túnel reaparecer. Ela sempre vem, tem de vir, rezo para que chegue, que eu a veja como o alívio de novas eras, para mim,para alguém.
Sempre foi começar do zero, nunca do um, do dois, não, o zero é mais significativo, tem mais a ver comigo. Piedade,não, apenas eu começando mais uma vez do zero. E sabe quantas foram as vezes, bem perdi as contas pois já foram tantos zeros que ficou dificil contar.
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