terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Agora apenas mãe

Algo se rompe dentro de você, uma dor insuportável toma conta de seu coração. A mesma dor que sentiu no começo mas de uma forma mais difícil de aceitar. Finalmente percebeu que não depende de você, os amores e as dores, os sucessos e as quedas, os risos e as lágrimas, as certezas e as duvidas. Tudo se soltou de forma que nada é mais você, deste show você não é mais a atriz principal o maestro que ensina o caminho. Tornou-se uma simples extra de apoio, não mais o violinista principal, apenas mais um entre vários.
Nada é mais piegas do que o sentimento de sentir que seus filhos cresceram, que finalmente o cordão se rompeu definitivamente e nada mais pode voltar o tempo. Esta é a dor de ser mãe por isto significa a dor do parto por que sempre se parece parir, partir, seguir. Sim somos piegas, sentimentais, choronas, dramáticas. Somos o ápice do sentimentalismo barato, mas tudo isto nos foi dado por que sabemos que cada parte, desde uma simples célula ao maior dos órgãos, da cor dos olhos a menor das cicatrizes, nós foi dado este dom quando começamos primeiramente a sentir crescer dentro de nós, vimos seus olhos nos olhando diretamente quando os alimentamos, suas primeiras lágrimas, seu primeiro passo, sua primeira palavra. Este dom foi dado única e exclusivamente a mulher. Por saber que mesmo não sendo perfeita tenta criar a perfeição ao redor de seus filhos. 

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